26/09/2019 às 11h56
Na noite desta segunda-feira, 19, a Faculdade CESMAC do Agreste promoveu uma mesa redonda para falar sobre o tema "Violência Doméstica". Ao todo, sete profissionais, de diferentes setores da sociedade, expuseram suas ideias, questionamentos e experiências acerca do assunto.
O evento é alusivo à campanha nacional de conscientização e combate à violência contra a mulher, o agosto lilás.
Violência doméstica é um padrão de comportamento que envolve violência ou outro tipo de abuso por parte de uma pessoa contra outra num contexto doméstico, como no caso de um casamento ou união de facto, ou contra crianças ou idosos. Lamentavelmente, o número de casos ainda é bastante alto, prejudicando, em alguns casos, até o lado profissional.
Estudos mostram que no caso da mulher agredida, além dela faltar muito e não ficar muito tempo no mesmo emprego, ela não consegue ter concentração suficiente para exercer suas funções e ter poder de decisão.
"É muito importante reunirmos professores, alunos e egressos da nossa Faculdade para discutirmos um tema tão doloroso e que pertence a toda a sociedade", afirmou a Diretora da Faculdade CESMAC do Agreste, Profa. Priscila Vieira do Nascimento. A docente ressaltou ainda a parceria entre a academia e o poder judiciário na realização do evento, "agradecemos e parabenizamos todos os envolvidos, em especial aos membros do Judiciário", completou.
"Estamos realizando este evento em parceria com o judiciário e conseguimos reunir todas as instituições que combatem a violência contra a mulher no estado de Alagoas. Enquanto Instituição, entendemos que discutir temáticas como esta, é muito importante para formação acadêmica", afirmou o Coordenador do curso de Direito da Faculdade, Desembargador Orlando Rocha Filho.
Participando do Debate, estiveram o juiz de direito Alexandre Machado, a servidora do TJ/AL, Éryka Lessa, a Comandante da Patrulha Maria da Penha, Major Danielle Assunção, o Defensor Público Marcos Antônio da Silva, a advogada Paula Tainá e a docente da Faculdade do Agreste e chefe da secretaria do Juizado da Violência Doméstica de Arapiraca, Profa. Valkíria Malta, que também foi umas das professoras organizadoras do evento.
O evento contou com a participação e organização dos professores integrantes do Núcleo de Apoio à Extensão, Nigel Malta, Karina Franco e Ivana Attanasio.
Na ocasião, estudantes do 10º período do curso direito expuseram trabalhos referentes ao tema central do encontro. Nos postêres, relatos de casos reais foram apresentados pelos discentes.
Ligue 180
A central de atendimento à mulher em situação de violência é através do número 180. O serviço é gratuito, de utilidade pública e confidencial, ou seja, preserva o anonimato do denunciador.
O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. Além disso, é uma política pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher em âmbito nacional e internacional.