20 de novembro: uma data que merece reflexão

Pesquisadora do Núcleo Acadêmico Afro-Indígena do CESMAC realiza pesquisas junto a comunidades de todo o estado de Alagoas

20/11/2019 às 14h58

Instituído por lei em novembro de 2011, o Dia Nacional da Consciência Negra é lembrado em mais de mil e duzentas cidades brasileiras como dia de reflexão sobre a luta do povo negro e quilombola e também se remete ao dia em que foi morto o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, exatamente no ano de 1695.
O quilombo pertencia na época a antiga capitania de Pernambuco, nos dias de hoje, situa-se na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, região da zona da mata de Alagoas.
Como instituição de ensino superior genuinamente alagoana e que fomenta a pesquisa, o ensino, a extensão, a valorização e o fortalecimento de comunidades quilombolas, afro e indígenas, o CESMAC possui em sua estrutura um Núcleo específico voltado para esses povos.
Formado por pesquisadores de vários cursos, entre docentes e discentes, o Núcleo Acadêmico Afro e Indígena – NAFRI atua há quase dois anos próximo à comunidades localizadas em todo o estado de Alagoas.
A professora Fernanda Ferreira da Silva é docente do curso de serviço social, mulher, negra e pesquisadora do NAFRI. Seus estudos são voltados para o reconhecimento social das comunidades quilombolas do alto sertão de Alagoas, nos municípios de Inhapi e Pariconha; para o fortalecimento da identidade cultural e social dos quilombolas de Santa Luzia do Norte e para o desenvolvimento de um plano de ação para a Aldeia do povo Wassu Cocal, em Joaquim Gomes.
Para a docente, “o dia 20 de novembro faz memória a todo um processo de luta e resistência travado pela população negra. Eu julgo totalmente ética e apoio toda forma de expressão que possa contribuir com o fortalecimento e a garantia da defesa dos direitos étnico-raciais, tanto individuais quanto coletivos. Porém, eu entendo que toda essa discussão não pode se resumir em um único dia”, afirmou.
Fernanda destaca também que através do Núcleo, a comunidade acadêmica pode ter mais proximidade com as temáticas alusivas ao dia da consciência negra. “O debate constante dentro do ambiente universitário contribui direta e indiretamente para o entendimento sobre a identidade cultural brasileira e a formação de profissionais que possam promover ações e políticas públicas voltadas para o enfrentamento e o combate a qualquer tipo de preconceito contra esses povos, principalmente a população negra”, salientou.
“Enquanto mulher e negra, venho trabalhando com a militância baseada em pesquisas focadas no reconhecimento e no fortalecimento das comunidades quilombolas em Alagoas”, completou a professora Fernanda.
O Núcleo Afro-Indígena é coordenado pelo Prof. Dr. Jorge Vieira e possui cerca de 14 monitores, além da parceria com vários cursos de Graduação e Pós-Graduação do CESMAC. Suas sedes estão localizadas no Campus IV do Centro Universitário, em Maceió e nas Faculdades do Sertão, em Palmeira dos Índios e do Agreste, em Arapiraca.
Mais informações pelo telefone (82) 3215-5499 ou através do e-mail nafri@cesmac.edu.br.